Médicos discutem reajuste de honorários e procedimentos

Representantes da Comissão de Saúde Suplementar (Comssu) do CREMERJ, da Somerj, da Central Médica de Convênios, das sociedades de especialidade e das associações médicas de bairro decidiram na quarta-feira, 28, promover uma reunião ampliada no dia 25 de abril, “Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde”, na sede do CREMERJ. O encontro terá o objetivo de discutir as estratégias do movimento para este ano, inclusive o índice de reajuste para  negociação com as operadoras.

Também foi decidido que serão entregues cartas aos pacientes e à população com explicações do movimento. No material de divulgação, serão apresentados os procedimentos mais realizados em cada especialidade.

Durante a reunião, comentou-se que vários procedimentos SADT, como raio x de tórax simples, ultrassonografia, teste ergométrico e exames histopatológicos de congelação em centros cirúrgicos, não estão sendo realizados, devido aos baixos valores pagos pelas operadoras, que paradoxalmente cobrem exames mais caros, como tomografia e ressonância magnética. O mesmo tem ocorrido com procedimentos como postectomia, amigdalectomia e até parto.

Márcia Rosa, também coordenadora da Comssu, informou que a ANS solicitou às entidades nacionais (CFM, AMB e Fenam) uma reunião para discutir propostas a serem incluídas numa Resolução Normativa sobre contratualização. A Comsu nacional está solicitando contribuições para a sistematização de tais propostas.

Em relação à proposta encaminhada pela Cassi/Banco do Brasil – reajustes parcelados durante 2012 até R$ 60 para consulta em 1º de janeiro de 2013; banda de menos 10% nos portes da CBHPM 3ª edição para procedimentos; e deflator de 20% para a UCO (Unidade de Custo Operacional), exceto SADT  (Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Terapia), Márcia Rosa afirmou que os médicos não vão aceitar reajustes parcelados.