Médicos se reúnem e decidem ida a Brasília
01/06/2012
Cerca de 500 médicos dos hospitais federais e universitários, reunidos em assembleia no Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), na noite de quinta-feira, 31, para avaliar a mobilização contra a MP 568/12, decidiram uma ida a Brasília, na próxima terça, dia 5, para participar de audiência pública com as Comissões de Seguridade Social e Família; do Trabalho, Administração e Serviço Público; de Direitos Humanos; e da Comissão Mista da MP 568. Os médicos também marcaram, para o próximo dia 11, às 20h, nova reunião no CBC, e a realização de manifestação no Hospital Geral de Bonsucesso, no dia 12 de junho.
A presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, e os conselheiros Luís Fernando Moraes e Sidnei Ferreira integraram a mesa que coordenou os trabalhos e contou ainda com representantes da Amererj, Sinmed, Sintuff e Sintuferj, de Geraldo Ferreira Filho, presidente eleito da Fenam e dos deputados federais Jandira Feghali e Chico DAngelo.
Márcia Rosa avaliou como positiva a caminhada realizada na terça-feira, 29, na Rua Jardim Botânico, e pediu a ida do maior número de médicos a Brasília para a audiência pública, da próxima terça-feira, dia 5 de junho.
Márcia Rosa destacou que a ida de médicos a Brasília, durante essa semana, mostrou preocupação porque os parlamentares desconhecem a MP 568, o que dificulta o apoio deles à luta. Precisamos lotar o auditório Nereu Ramos, em Brasília, para mostrar a nossa união e reivindicar a derrubada dos artigos que prejudicam a classe médica\", afirmou a presidente do CREMERJ.
Marleny Novaes, médica do Hospital dos Servidores, relatou a primeira ida a Brasília, que junto aos doutores Octavio Mattos Barroso, Luiz Carlos Caeiro de Almeida e Clarisse Barbosa Barata, ressaltaram a dificuldade em falar com os parlamentares e o desconhecimento de muitos deles em relação à MP 568/12. Jandira Feghali e Chico D´Ângelo atualizaram as informações a respeito do movimento para derrubar artigos da MP que reduz em 50% os salários dos médicos federais.
Antes, tínhamos atitude intransigente do Ministério do Planejamento. Agora, com a mobilização, que começou no Rio e já atinge outros estados, conseguimos conversar com as lideranças. A união da classe é demonstração de força de que a MP será derrotada, pois não vamos aceitar qualquer perda de direito, disse Jandira.