Emergência do HGB é limitada a 25 leitos
05/11/2012
Os médicos do corpo clínico do Hospital Federal de Bonsucesso em assembleia com a diretoria do CREMERJ, Sindicato dos Médicos e representantes do Ministério da Saúde, decidiram nesta segunda-feira, 5, pela manutenção do atendimento da emergência da unidade mediante compromissos do Ministério. As providências são de contratação temporária de recursos humanos em até 30 dias, abertura e conclusão do processo de licitação das obras da emergência em 90 dias, reparo das condições insalubres do contêiner em 30 dias e organização da rede de saúde metropolitana pelas secretarias municipais da Baixada Fluminense. O limite de internação no contêiner é de 25 leitos. Caso esse número seja ultrapassado, os pacientes serão transferidos através do Sistema de Regulação para outros hospitais federais.
O Ministério da Saúde se comprometeu em resolver a falta de insumos em 15 dias, após a apresentação de relatório com os materiais discriminados por parte da diretoria do hospital. No próximo dia 14 está marcada nova assembleia para que haja reavaliação do movimento e das providências tomadas pelas três esferas de governo no Rio de Janeiro.
Durante a reunião o corpo clínico expôs os problemas de falta de recursos humanos, materiais, e clamou por soluções imediatas para que o serviço prestado fosse digno. “Não podemos aceitar nenhuma situação que fira os direitos humanos. Vemos hoje uma falta de integração no Rio de Janeiro por parte do Sistema de Regulação. O governo tem que lançar um olhar em larga escala, principalmente nas emergências”, afirmou a presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) também participou da assembleia e declarou que “o problema agudo é a emergência, mas o Hospital Federal de Bonsucesso sofre problemas constantes. A saída do Rio de Janeiro é integrar as soluções, tendo uma Central de Regulação que atenda inclusive a Baixada Fluminense”. Participaram da reunião os representantes do Ministério da Saúde Luiz Roberto Tenório e Luiz Carlos Studart, o diretor do corpo clínico, Baltazar Fernandes, o presidente da Comissão de Ética Médica, Eduardo Antonini, o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, e o diretor geral do hospital, Flavio Adolpho Silveira. Os conselheiros Erika Reis, Pablo Vazquez, Armindo Fernando da Costa e Aloísio Tibiriçá, também vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, acompanharam o encontro.
A emergência do Hospital Federal de Bonsucesso funciona há um ano e oito meses de forma provisória. As obras da emergência do hospital foram embargadas por medida judicial. O CREMERJ tem a atribuição legal de fiscalizar as condições insalubres e antiéticas do trabalho do médico e pediu, em 29 de outubro, o fechamento temporário da emergência e a suspensão do atendimento da demanda espontânea. O Conselho vai continuar acompanhando o andamento das medidas do Ministério da Saúde.