Há anos, CREMERJ cobra melhorias no Paulino Werneck
22/11/2012
A falta de médicos e materiais no Hospital Municipal Paulino Werneck – uma das unidades para onde foi levado Fábio dos Santos Maciel, que morreu, na segunda-feira, 19, após sofrer um corte na veia femoral – é uma questão antiga. Há anos, o CREMERJ pede soluções para os problemas, verificados durante fiscalizações em março de 2010 e junho do ano passado.
- O Paulino Werneck não atende às necessidades da região. Há carência de medicamentos e materiais, a estrutura é inadequada e faltam médicos em diversos setores. Não sabemos ainda o que aconteceu com esse paciente, mas certamente a unidade não teria estrutura para recebê-lo – afirma o conselheiro Nelson Nahon, diretor de Sede e Representações do CREMERJ.
O hospital municipal será novamente fiscalizado pelo Conselho. A UPA da Ilha do Governador, de onde Fábio foi transferido para o Paulino Werneck, também receberá a vistoria do CREMERJ, que abriu ainda uma sindicância para apurar as circunstâncias do atendimento oferecido ao paciente. O objetivo é investigar se a transferência seguiu a orientação de um profissional de enfermagem e não a de um médico, como é o indicado.
- Ao longo dos anos, tem-se tentado encontrar uma solução para o Paulino Werneck, sem sucesso. O que se vê ali é o sacrifício da equipe médica, obrigada a prestar um atendimento aquém de sua capacidade. O Hospital Paulino Werneck é estratégico por ser a única grande emergência da região e referência para o aeroporto do Galeão – lembra ainda o conselheiro Luís Fernando Moraes.