CREMERJ critica má gestão da Secretaria de Saúde do Rio
18/02/2013
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) demonstra perplexidade diante da matéria sobre esterilização de material hospitalar exibida no domingo, 17, pelo Fantástico, da TV Globo. A reportagem mostrou que a empresa Form Steril – que venceu em 2012 uma licitação da prefeitura do Rio para prestar o serviço a 20 hospitais públicos, entre eles, o Miguel Couto e o Souza Aguiar e receberia R$ 3,9 milhões por mês, durante dois anos – não estava autorizada pela Vigilância Sanitária a realizar tais serviços. “É revoltante a má gestão do dinheiro público na saúde do município. Diante da situação, fica parecendo que é muito fácil ganhar licitações na prefeitura. No mínimo, a Secretaria de Saúde deveria se assegurar que a empresa estava apta a prestar um serviço tão fundamental quanto o de esterilização”, aponta Márcia Rosa de Araujo, presidente do CREMERJ.
Na ação, policiais e técnicos da Vigilância encontraram caixas com tubos de respiradores artificiais, nebulizadores, bisturis elétricos e até uma furadeira usada em cirurgias prontos para serem esterilizados de forma inadequada. Os responsáveis pela Form Steril alegam que o material era apenas armazenado no Rio e que a esterilização ocorria em Piracicaba, no interior de São Paulo. Mas a reportagem constatou que o local era utilizado apenas como escritório. Um dos donos da empresa foi preso. “É muito estranho que uma empresa vença uma licitação no Rio e envie o material para Piracicaba. Esperamos uma rigorosa apuração dos fatos e punição dos responsáveis”, conclui Luís Fernando Moraes, Conselheiro do CREMERJ.
O CREMERJ abriu sindicância para apurar os fatos.