Médicos se reúnem para organizar ato público federal
26/03/2013
Os médicos se reuniram em assembleia, nessa segunda-feira, 25, no Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), para debater sobre o ato público federal, que acontecerá no dia 2 de abril, em Brasília. Participaram da mesa a presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo; o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Geraldo Ferreira Filho; a presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), Beatriz Costa; o presidente do CBC, Armando de Oliveira e Silva; o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá; o conselheiro do CREMERJ, Sidnei Ferreira; e o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SinMed-RJ), Jorge Darze.
A expectativa das entidades organizadoras é reunir o maior número de médicos durante a mobilização, que será no auditório Petrônio Portela, na capital federal, com o objetivo de atrair a atenção do Ministério da Saúde em relação às reivindicações da classe médica, como as gratificações dos estatutários suspensas; o desconto de 30% na aposentaria do médico; a falta de recursos humanos e de infraestrutura nos hospitais federais; entre outros.
“O problema nos hospitais federais é gravíssimo. Além da carência de profissionais e de estrutura, a residência médica está sendo golpeada. No Andaraí, as especialidades cirúrgicas entraram em diligência por falta de anestesistas, o que compromete o aprendizado dos futuros médicos. Está tudo postergado e, se continuar desse jeito, serviços serão fechados. Tentamos várias vezes nos reunir com o ministro da Saúde, mas sempre há um motivo e nossa reunião é desmarcada por ele. Por isso, essa mobilização é tão importante para mostrar a força da nossa classe”, declarou Márcia Rosa.
Já Aloísio Tibiriçá – que também é conselheiro do CREMERJ – destacou a importância da união dos médicos para adquirir resultados positivos. O presidente da Fenam, por sua vez, ressaltou que se a mobilização não motivar o Ministério da Saúde a atentar para a causa dos médicos, com soluções imediatas, a consequência será partir para um conflito, como uma paralisação, proposta que foi defendida por unanimidade.
“A nossa intenção não é essa, mas não teremos outra opção caso o governo continue sua intransigência. Queremos o diálogo, mas o governo não se sensibiliza. Se não houver outro caminho, vamos nos organizar até mesmo para uma paralisação geral e ver como o Ministério da Saúde reagirá a isso”, disse Sidnei Ferreira.
O CREMERJ, a Fenam e o SinMed-RJ estão organizando, no Rio de Janeiro, caravanas para levar médicos, residentes e estudantes de medicina para o ato público, em Brasília, para protestarem quanto à desvalorização da categoria médica. As entidades pretendem promover outras manifestações para mostrar à população o descaso que os médicos vêm sofrendo por parte do Ministério da Saúde.
Também participaram da assembleia os conselheiros Pablo Vazquez, Erika Reis, Marcos Botelho e Armindo Fernando da Costa, além do deputado federal Alessandro Molon (PT).