Fórum sobre ensino médico termina nesta quinta-feira
04/04/2013
Termina nesta quinta-feira, 4, o II Fórum: CREMERJ e Ensino Médico. O evento, voltado para médicos, professores e estudantes de medicina, começou no dia 1º de abril e reuniu até o momento mais de 100 participantes no auditório Julio Sanderson. Ontem, 3, os convidados debateram sobre “A importância das ligas acadêmicas na complementação da educação médica”. Vinicius Belinati e Joyce Marques Alves focaram suas apresentações na visão do acadêmico, enquanto que Dhianah Santini falou sobre o ponto de vista do docente.
A vice-presidente do CREMERJ, Vera Fonseca, frisou a importância de o Conselho colocar em debate a boa formação, trazendo para a discussão todos os envolvidos, com a presença da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem).
\"O CRM não se sente responsável apenas por registrar e fiscalizar os médicos, mas por participar da formação dos colegas, tanto em nível de graduação como de especialização. É fundamental que estejamos aqui falando sobre essas questões, com a participação de professores e alunos. E agradecemos à Abem pela grande parceria com o CREMERJ, nos eventos e no suporte necessário para nossas lutas em defesa da qualidade do ensino\", salientou.
O terceiro dia contou ainda com uma palestra sobre o Teste de Progresso, ministrada por Marcos Viana, assunto que também foi abordado pela professora Angelica Bicudo. Já a médica Rosana Alves salientou os objetivos da Associação Brasileira de Ensino Médico (Abem) e a experiência do consórcio da regional Abem RJ/ES.
O conselheiro do CREMERJ e vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá, apresentou a visão do CFM acerca do Teste de Progresso e fez um apanhado sobre a situação da saúde no país. Segundo ele, o Conselho concorda com a realização do exame, porque mensura o conhecimento do aluno durante o curso, sem obrigá-lo a passar na prova para conseguir seu diploma. Sobre a saúde no Brasil, Tibiriçá mostrou que o país é o segundo em número de escolas de medicina. No ano passado, calculou-se 114 escolas privadas e 83 públicas – sendo apenas 15 federais.
“Esses dados provam que não faltam médicos, mas sim estrutura. Em 20 anos, o total de escolas de medicina passou de 83 para 197, registrando um aumento de 137%. Em 2012, formaram-se mais de 14 mil médicos. O Brasil não precisa de médicos estrangeiros, mas deve se preocupar com a qualidade do ensino fornecido”, explicou.
A presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, destacou a importância da educação médica.
“Esse fórum tem abordado questões atuais, que merecem a nossa atenção. Um ensino médico de qualidade é a base, por isso esse assunto está sempre em nossos debates. Também anuncio que, este ano, faremos outro fórum sobre o direito médico, com foco nas áreas penal e civil. Este é outro tema que o médico precisa conhecer para saber agir de acordo com as leis vigentes e em situações incomuns”, concluiu.