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Hospital Miguel Couto recebe visita do CREMERJ

16/04/2013


Em visita técnica ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, nesta segunda-feira, 15, o CREMERJ se reuniu com a direção da unidade para falar de assuntos como a falta de recursos humanos, a regulação de vagas e o funcionamento da emergência. Segundo o diretor-geral do Miguel Couto, Luiz Alexandre Essinger, o hospital, atualmente, não sofre com a falta de insumos e está com uma equipe qualificada de médicos estatutários e temporários, mas não se sabe até quando.
 
“Sobre os temporários, há algum tempo fidelizamos a equipe. Mudaram-se os contratos, mas os médicos permaneceram. Temos o cuidado de manter a mesma equipe de clínicos e cirurgiões, principalmente nos plantões, pois entendemos que essa integração facilita o trabalho médico. Mas é preocupante, pois não sabemos se vamos conseguir manter os mesmos profissionais. O ideal seria a realização de concursos”, disse Essinger.
 
De acordo com o diretor, no hospital, funciona o Sistema de Regulação de Vagas (Sisreg). Também informou que a demanda por neurocirurgiões é grande e, em razão disso, a emergência costuma ficar lotada. Essinger falou ainda sobre a situação grave dos pacientes com doenças hematológicas, pois não há hematologistas no Miguel Couto, nem leitos de retaguarda em outras unidades para tratar desse tipo de enfermidade.
 
“A falta de especialistas tem atingido todo o Rio de Janeiro. Infelizmente, a residência médica tem sido golpeada com a falta da prática e de insumos, mudanças de preceptores e serviços sendo colocados em diligência, como aconteceu no Andaraí. Eles serão os futuros especialistas e precisam ser bem capacitados. É um absurdo o que vem acontecendo”, afirmou a presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo.
 
Após a reunião, Márcia Rosa e os conselheiros Aloísio Tibiriçá, Kássie Cargnin, Renato Graça e Serafim Ferreira visitaram as instalações do hospital e do CER Lagoa – Coordenação de Emergência Regional Professor Nova Monteiro – inaugurado em junho de 2012. No Miguel Couto, o Conselho visitou as salas vermelha, amarela e verde, onde ficam pacientes graves, estáveis e em observação, respectivamente. Na vermelha, os pacientes deveriam permanecer no máximo por 24 horas, mas pela falta de vagas no CTI chegam a ficar, em média, sete dias. O grupo também visitou a sala de Múltiplas Vítimas, que só é aberta quando chegam ao hospital mais de cinco pessoas que sofreram acidentes.
 
Participaram ainda do encontro o presidente da Comissão de Ética da unidade, Sylvio Francisco dos Santos Filho; a vice-diretora do hospital e responsável pelo departamento médico, Loredana Mantovano; o coordenador da emergência, Marcelo Lamberti; e a gestora E-SUS no Miguel Couto do Projeto SOS Emergência do governo federal, Denise Scofano.