Lourenço Jorge: setor pediátrico sofre com a falta de médicos
10/05/2013
O CREMERJ visitou nesta sexta-feira, 10, o Hospital Municipal Lourenço Jorge e constatou que a falta de recursos humanos continua. A situação é crítica principalmente na pediatria, que está com volume alto de pacientes e equipe reduzida, deixando os médicos sobrecarregados. Por mês, a emergência pediátrica realiza em média 1.400 atendimentos, mesmo após a inauguração da Coordenadoria de Emergência Regional (CER) da Barra da Tijuca. Isso porque tem dias que não há pediatras na CER.
No hospital, há ainda déficit de clínicos gerais, neonatologistas, médicos para a Unidade Intermediária e ortopedistas. No Lourenço Jorge, há um neurocirugião, entretanto não há serviço de neurocirurgia. Os conselheiros Pablo Vazquez, Kássie Cargnin, Marília de Abreu e Armindo Fernando da Costa visitaram vários serviços, entre eles, emergência, pediatria, ambulatório, internação cirúrgica e CTI.
Em relação à emergência do Lourenço Jorge, que sofria constantemente com a superlotação, desde a inauguração da CER na Barra, esse problema foi amenizado, porque muitos pacientes passaram a ser atendidos na unidade.
Já a residência médica não está funcionando por completo, pois a de clínica médica foi colocada em diligência.
O CREMERJ conheceu ainda as instalações da Maternidade Leila Diniz, anexa ao hospital. Com 82 leitos, a unidade, que conta com o projeto Cegonha Carioca, registra cerca de 500 nascimentos por mês e uma média de 1.200 atendimentos na emergência mensalmente.
Juntos, o hospital e a maternidade atendem oito mil pacientes por mês aproximadamente.
“Estamos num momento complicado em que a falta de recursos humanos é um caso grave na saúde pública. Isso sobrecarrega o médico e afeta diretamente a população, que merece um atendimento de qualidade. Essa situação não pode permanecer assim. Por isso, lutamos pela realização de concurso público com salários dignos”, declarou o coordenador da Comissão de Saúde Pública do CREMERJ, Pablo Vazquez.
Os conselheiros também conversaram com estudantes de medicina que trabalham no Lourenço Jorge sobre o ato público promovido na quinta-feira, 9, pelo CREMERJ. Para participar da mobilização, o grupo de acadêmicos pediu licença no trabalho.