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CRM participa de ato público na OAB sobre reforma política

26/06/2013

A Seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) realizou nessa segunda-feira, 24, em sua sede, um ato público em prol da reforma política. O evento, que propiciou amplo debate sobre a crise de representatividade do governo, contou com a participação do CREMERJ e de outras entidades de classe, além de movimentos estudantis, sindicatos, partidos, cientistas políticos e outros.

Na ocasião, o presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, anunciou a criação de um comitê de mobilização para promover ações em prol da reforma política, que será coordenado pelo presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous. O comitê terá a participação de cientistas políticos, advogados, professores e representantes de entidades ligadas à sociedade civil.

Ao participar da instalação do comitê, Damous disse que a recente ocupação das ruas pela população não é ameaça, mas fortalecimento da democracia. Segundo ele, o que há é uma crise do modelo representativo. "O povo não está se sentindo partícipe da construção democrática. A participação popular não pode se resumir a votar e voltar para casa", declarou.

Já o CREMERJ, falou sobre a importância de um maior financiamento para a Saúde, como o repasse de 10% do PIB da União para a Saúde Pública, e recebeu apoio de todo o auditório quando criticou severamente a intenção do governo federal de trazer para o Brasil milhares de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma. 

“A falta de médicos no interior tem que ser resolvida com uma carreira de Estado federal que dê independência ao médico em relação aos prefeitos. Além disso, é preciso melhoria na infraestrutura das unidades e garantia do pagamento dos salários prometidos. Por isso, não aceitaremos médicos estrangeiros sem a revalidação”, disse a presidente do Conselho, Márcia Rosa de Araujo.

Para Felipe Santa Cruz, os protestos das ruas que vêm mobilizando centenas de milhares de pessoas refletem a crise representativa das instituições democráticas e apontam para a necessidade de uma reforma política.

“É inegável a necessidade de uma reforma política que rejuvenesça os partidos e resgate a agenda do Parlamento para com a sociedade. A crise representativa é mundial e se manifesta mais fortemente entre os jovens. Os políticos no Brasil precisam entender que estão perdendo os canais democráticos de representação política. A população não compreende a atuação dos poderes estabelecidos, as disputas entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”, concluiu.