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Manifestação em defesa da saúde reúne cerca de 700 pessoas

28/06/2013

Cerca de 700 pessoas, entre médicos e estudantes de medicina e membros da sociedade civil, participaram, nesta sexta-feira, 28, de um ato público pacífico em defesa da saúde. O grupo, que se concentrou na porta do CREMERJ, seguiu em passeata, interditando uma pista da Praia de Botafogo, até a altura da Rua São Clemente, por cerca de 40 minutos. Com cartazes e faixas, os manifestantes cantaram o Hino Nacional e declararam palavras de ordem, como “Fora, Padilha”, “Queremos melhores condições de trabalho” e “Mais leitos para o SUS”.

A manifestação, que foi promovida pelo CREMERJ e por outras entidades médicas, médicos, acadêmicos de medicina e por representantes de outras profissões de saúde e instituições da sociedade, como OAB-RJ, demonstrou repúdio à situação precária que está a saúde pública. Os participantes se posicionaram contra a intenção do Ministério da Saúde de colocar a Saúde Brasil – braço da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) – para gerir os hospitais federais e os institutos nacionais. 

O grupo também destacou a importância da revalidação do diploma, criticando severamente o governo federal por pretender importar médicos sem atestar o devido conhecimento de cada um. O CREMERJ afirmou que não irá registrar nenhum médico que não passe pelo processo de revalidação.

“Estou aqui para lutar por melhores condições de trabalho. Hoje, sou estudante, mas vários fatores me preocupam, como a falta de infraestrutura e de leitos”, declarou o acadêmico de medicina da Unigranrio, Toshio Enokibara, que, mesmo com o braço machucado, compareceu ao protesto.

Os manifestantes reivindicaram, ainda, a realização de concursos públicos com salários dignos e a sanção presidencial do projeto de lei 268/2002, conhecido como “Lei do Ato Médico”, que regulamenta o exercício da medicina no Brasil. O texto foi aprovado, na última semana, pelo Senado Federal.

A privatização da saúde, por meio de OSs, Oscips, Ebserh e outras, foi muito criticada durante a mobilização. O grupo também exigiu maior investimento financeiro do governo para a saúde, como a implantação da proposta de 10% da receita bruta da União direcionada ao setor.

A próxima manifestação em defesa da saúde será no dia 3 de julho, quando acontecerá um ato nacional. No Rio de Janeiro, a mobilização será às 10h, com concentração na Cinelândia.