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Médicos do Hospital de Saracuruna se reúnem com o CREMERJ

14/11/2013


Médicos do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna (Duque de Caxias), criticaram, durante reunião com o CREMERJ, em 12 de novembro, a entrada de uma Organização Social (OS) e as propostas da nova direção, que quer reduzir de oito para quatro o número de cirurgiões plásticos que atuam na emergência da unidade. Eles solicitaram apoio do Conselho para o enfretamento da situação. 
 
Segundo eles, a diminuição do quadro iria prejudicar seriamente o atendimento à população, sendo que muitos pacientes que sofrem traumas poderão ficar com graves sequelas. Em todo o Estado, além do Hospital de Saracuruna, apenas o Souza Aguiar conta com um setor de cirurgia plástica na emergência.
 
Além disso, segundo os cirurgiões, os servidores estariam sendo pressionados a pedir demissão ou tirar licença sem vencimentos por cinco anos.
 
Atualmente, eles trabalham na unidade 12 horas por semana pela manhã e à tarde, na rotina, e à noite, em casos de emergência, por um salário mensal de cerca de R$ 1.800. Já os médicos que não são estatutários estão sendo contratados através da OS por cerca de R$ 7.900 para 20 horas semanais.
 
No encontro, o vice-presidente do CREMERJ, Nelson Nahon, ressaltou que o Conselho está ao lado dos médicos do Adão Pereira Nunes e vai contribuir no que for possível para encontrar uma solução que atenda aos interesses dos médicos e da população.  O próximo passo, segundo ele, deverá ser uma reunião no hospital com os demais colegas da unidade.
 
O conselheiro Pablo Vazquez observou que há uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) de inconstitucionalidade nas contratações por meio de OSs.  A Constituição, complementou, diz que não se pode terceirizar a atividade fim de uma instituição.

Também participaram da reunião os conselheiros Gil Simões, Carlos Enaldo de Araujo e Serafim Borges.