Entidades médicas reúnem categoria em assembleia no Into
21/03/2014
A exemplo do que vem ocorrendo nos demais hospitais federais do Rio de Janeiro, em reunião com representantes do CREMERJ, Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Sinmed-RJ, nessa quinta-feira, 20, médicos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) elegeram uma comissão de greve para intermediar o contato entre as entidades médicas e o corpo clínico da unidade.
Assim, a criação dos comandos visa a organizar e fortalecer a luta dos servidores federais, que reivindicam a correção das perdas salariais provocadas pela Medida Provisória 568/2012 – responsável pela redução dos salários dos médicos em relação aos demais profissionais de saúde de nível superior.
Com o movimento, os colegas esperam pressionar o governo a abrir uma mesa de negociação para discutir, além da correção das gratificações de desempenho, as atuais políticas de recursos humanos do Ministério da Saúde, as condições de trabalho e a criação de um plano de cargos, carreira e vencimentos.
“Temos que nos organizar. O Rio de Janeiro é o estado que tem a maior rede federal. É importante que todos participem do movimento, não apenas os médicos servidores. Todos devem se unir contra essa política do governo para a saúde”, disse o conselheiro do CREMERJ Armindo Fernando da Costa.
No encontro, o conselheiro ressaltou ainda a importância da participação na assembleia que irá ser realizada na próxima segunda-feira, 24, para definir as ações da manifestação de 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, na Cinelândia, às 10h.
Após elogiar a estrutura do Into, o presidente da Fenam, Geraldo Ferreira, afirmou que ficou surpreso com os baixos salários pagos aos médicos que trabalham no Instituto.
“Sem luta, não vamos chegar a uma negociação. Já tivemos sete reuniões com o governo sobre a questão da gratificação e não tivemos resultado”, salientou Ferreira.
No encontro, os colegas debateram e tiraram dúvidas também sobre assuntos como o atual modelo de saúde; o direito à insalubridade, aposentadoria e anuênio; e as medidas que o governo federal quer impor aos médicos em greve, como o código de greve. Em relação à última questão, os colegas foram esclarecidos que o médico tem o seu próprio código de ética para nortear as suas ações.
Também participaram da reunião as conselheiras do CREMERJ Ana Maria Cabral e Isa Fellows; e o presidente do Sinmed-RJ, Jorge Darze.