CREMERJ constata superlotação em UPA de Teresópolis
04/04/2014
Em fiscalização nessa quarta-feira, 2, o CREMERJ constatou uma série de irregularidades na UPA Nathan Garcia Leitão, em Teresópolis, como superlotação, sobrecarga de trabalho de médicos e de outros profissionais de saúde, permanência indevida de pacientes nas salas amarela e vermelha e déficit de equipamentos.
Apesar de a UPA ter a função de oferecer um primeiro atendimento, não tem sido assim. Segundo médicos, é comum a internação de pacientes na sala de medicação em cadeiras e macas por um tempo além do recomendado, entre 13 e 20 dias.
A superlotação das salas de medicação vem afetando o funcionamento de outros setores, como o das salas amarela e vermelha (para casos moderados e graves, respectivamente). Pacientes sem indicação para essas salas têm sido encaminhados para tais locais para fazer procedimentos simples, como nebulizações e medicações venosas.
O CREMERJ também constatou a falta de equipamentos e de materiais para atender a demanda da unidade: deveria haver mais respiradores, bombas de infusão, desfibriladores e outros. Além disso, na UPA, ainda não foram implementadas comissões de Ética Médica, de revisão de prontuários e óbitos e de controle de infecção hospitalar.
“O volume de atendimento nessa UPA está sendo bem superior a sua capacidade. Não há porta de saída e é ampla a precariedade da assistência básica na região e nos municípios vizinhos. A demora na transferência de pacientes graves para leitos especializados colocam em risco o paciente que está internado e sobrecarrega toda a parte assistencial da UPA”, disse o coordenador da Comissão de Fiscalização do CREMERJ, Gil Simões.
O Conselho encaminhará o relatório de fiscalização para a Secretaria Municipal de Saúde de Teresopólis e para o Ministério Público Estadual.
O coordenador e o integrante da seccional de Teresópolis do CREMERJ, Paulo de Barros e Ricardo de Vasconcellos, respectivamente, acompanharam a fiscalização.