Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Médicos promovem ato público em defesa do Hospital do Andaraí

05/06/2014

Médicos do Hospital Federal do Andaraí promoveram um ato público, nessa quarta-feira, 4, em protesto ao sucateamento da unidade. Organizada pelo corpo clínico do hospital e com apoio do CREMERJ, a manifestação, realizada na porta da unidade, contou com a participação de pacientes e de outros funcionários da unidade.
 
O conselheiro do CREMERJ Gilberto dos Passos ressaltou a importância do Hospital do Andaraí para a população do Rio de Janeiro e para os médicos. 
 
“Essa unidade, que sempre foi referência, vem sendo sucateada, e não aceitamos isso. Estamos reunidos em defesa desse hospital, para que os pacientes tenham uma assistência digna e para que os colegas tenham condições adequadas de trabalho. Há excelentes profissionais aqui que merecem ser valorizados”, declarou.
 
Gilberto dos Passos acrescentou que as entidades médicas estão empenhadas na luta pela melhoria das unidades federais no Rio de Janeiro e citou que a diretoria do CREMERJ estava em Brasília, onde participaria de várias audiências para debater o assunto e de uma reunião com o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Na pauta, segundo ele, também constava a situação das gratificações por desempenho dos médicos federais.
 
O vice-presidente do corpo clínico, Sidney Sá, enfatizou que o sucateamento do Andaraí foi denunciado várias vezes, porém, mesmo assim, não houve nenhuma intervenção do Ministério da Saúde. Segundo ele, o hospital continua com déficit de recursos humanos, obras inacabadas, equipamentos quebrados e outros problemas graves de infraestrutura. De acordo com ele, a indignação com tanto descaso só aumentou quando o hospital foi indicado como retaguarda durante a Copa do Mundo.
 
“Uma unidade de saúde nessas condições não pode funcionar como retaguarda; isso é muito sério. As chefias entregaram seus cargos quando souberam e o corpo clínico elaborou uma carta, que foi entregue à direção do hospital em exercício e ao CREMERJ. Apesar de todo esse sucateamento, acreditamos que o Andaraí pode melhorar, e é por isso que estamos aqui realizando esse ato público”, afirmou Sá.
 
A paciente Cleonice Lima, que se trata na unidade há 25 anos, disse apoiar a luta em defesa do Andaraí.
 
“Já fiz duas cirurgias aqui, todos os médicos que acompanham o meu caso estão aqui, sou muito bem atendida nesse hospital. Venho de Campo Grande para cá. Mas, é preciso melhorar, dar um jeito nessa situação”, desabafou.
 
Segundo Sá, com o ato público, o corpo clínico espera providências por parte das autoridades em favor do Andaraí.