Coordenação de Seccionais do CREMERJ promove reunião
11/06/2014
Representantes das seccionais e subsedes debateram nessa sexta-feira, 10, na sede do CREMERJ, a situação da Saúde em suas regiões durante mais uma reunião da Coordenação de Seccionais do Conselho (Cosec). O encontro começou com os informes do presidente do CREMERJ, Sidnei Ferreira, que ressaltou o caos na saúde pública, que vem resultando na greve dos médicos federais.
“Quem iniciou, na verdade, foi o governo, em greve por tempo indeterminado na Saúde. As unidades vêm sendo sucateadas, as condições de trabalho estão péssimas, a gratificação dos médicos federais continua sendo paga com valores inferiores às demais profissões de nível superior do Ministério da Saúde, o que é uma ilegalidade, além do atendimento à população que continua precário. Estamos empenhados em resolver. Semana passada, estivemos em Brasília e recebemos o apoio de alguns parlamentares, que, inclusive, foram conosco à audiência com o ministro da Saúde”, destacou.
Já a coordenadora da Comissão de Saúde Suplementar (Comssu) do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, ressaltou que as negociações com as operadoras foram iniciadas antecipadamente em função da Copa do Mundo. Segundo ela, alguns planos de saúde alegaram que aguardam o reajuste do índice da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para começar a negociar com o movimento.
Márcia Rosa também citou o Projeto de Lei 6.964/2010, que regulamenta questões como a contratualização do médico e de reajustes. Após um trabalho intenso das entidades médicas, o projeto foi encaminhado para sanção presidencial.
Com relação à saúde pública, em Volta Redonda, a situação também é crítica. No Hospital São João Batista, a prefeitura avalia reduzir o número de plantonistas e o salário dos colegas que atuam no pronto-socorro por falta de verba. Além disso, a residência de gineco-obstetrícia entrou em diligência durante 60 dias pela Comissão de Residência Médica. Se não houver melhorias, o curso poderá ser transferido para outra unidade.
Em Niterói, foi sugerida nova fiscalização no Getulinho para avaliar como ficou a unidade depois de passar por obras, pois há relatos de que a emergência continua funcionando em tendas.
Já em Petrópolis, médicos do Programa da Saúde da Família poderão entrar em greve, em função da infraestrutura precária e de salários indignos.