Volta Redonda: médicos do PSF fazem paralisação de 24 horas
23/07/2014
Os médicos do Programa Saúde da Família (PSF) de Volta Redonda promoveram, nesta quarta-feira, 23, uma paralisação de 24 horas em razão da falta de propostas da prefeitura por melhores condições de trabalho para a categoria.
Na ocasião, os médicos fizeram uma panfletagem expondo as dificuldades da saúde pública nas unidades onde trabalham, e, por isso, não realizaram atendimento aos pacientes. Já na quinta-feira, 24, os médicos retornam normalmente ao trabalho, usando uma camisa do movimento como forma de protesto.
Para o conselheiro do CREMERJ e membro da seccional de Volta Redonda Olavo Marassi, não há uma valorização do médico por parte do município.
“Começamos esse movimento em 2011 e até hoje, infelizmente, a prefeitura não se manifestou. Uma evidência desse descaso são os concursos com salários irrisórios. Por isso decidimos nos manifestar por melhoria salarial, condições adequadas de trabalho e concurso público com salários dignos”, frisou.
De acordo com os colegas, nas unidades de PSF de Volta Redonda, não há enfermagem suficiente para fazer medicações e cuidados solicitados; e é grande o déficit de materiais, medicamentos e equipamentos nos atendimentos de urgência. Além disso, médicos de plantão no pronto-socorro, constantemente, são deslocados para atender a emergências e a intercorrências nas enfermarias ao mesmo tempo.
“É crítica a situação da saúde pública de Volta Redonda. A população merece um atendimento digno e os colegas merecem ter condições adequadas de trabalho”, afirmou o vice-presidente do CREMERJ, Nelson Nahon.
O coordenador da seccional de Volta Redonda, Julio Meyer, informou que, na próxima semana, os médicos farão uma reunião para debater a possibilidade de outra paralisação em agosto, caso a prefeitura não apresente uma proposta condizente às reivindicações da categoria.