Movimento de convênios decide promover ato público
21/08/2014
A Comissão de Saúde Suplementar (Comssu) do CREMERJ e as sociedades de especialidade decidiram promover um ato público em defesa do movimento de convênios, após uma reunião nessa quarta-feira, 20, na sede do Conselho. Os participantes debateram as propostas apresentadas pelos planos de saúde e concluíram que a maioria não atende às reivindicações da categoria. A manifestação será no dia 10 de setembro, às 10h, no Centro do Rio, em frente ao Fórum.
Para a conselheira e coordenadora da Comssu, Márcia Rosa de Araujo, a mobilização será importante para mostrar a força do movimento.
“Os planos de saúde querem que os médicos fiquem à mercê deles, desvalorizando a nossa profissão. Estamos tentando negociar e apenas quatro se propuseram a pagar R$ 80,00 por consulta. Teve operadora que não apresentou nada até agora. As consultas e os procedimentos estão defasados”, disse.
Márcia Rosa também chamou a atenção para a Lei 13.003, de 24 de junho de 2014, que será regulamentada até o dia 24 de dezembro. Com as novas regras, ficarão definidos a contratualização dos médicos e o reajuste anual para a categoria.
Para o conselheiro do CREMERJ e vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá, essa lei foi uma importante vitória do movimento médico. Além disso, ele frisou que em todo o país os Conselhos Regionais de Medicina estão atuantes na luta da saúde suplementar.
O presidente do CREMERJ, Sidnei Ferreira, ressaltou que as entidades médicas precisam permanecer unidas e mobilizadas para que o movimento seja vitorioso.
“Oito planos de saúde apresentaram propostas com valores menores aos que a categoria reivindica. Além disso, nem todos negociaram. Esse ato público deve realmente ser feito, porque temos os nossos objetivos e vamos continuar lutando até conquistá-los. Esse é um momento importante, portanto precisamos estar ainda mais unidos”, declarou.
Já o conselheiro José Ramon Blanco, que preside a Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj), relembrou as reivindicações da categoria.
“O nosso pleito é justo, porque lutamos pela valorização do médico. Entre as nossas reivindicações, estão o reajuste de 10% nas consultas ou o valor mínimo de R$ 80,00; e a equiparação dos pagamentos dos procedimentos realizados em enfermarias aos de quartos”, destacou.
O movimento de convênios também reivindica: nova contratualização das operadoras baseada nas propostas das entidades médicas já apresentadas à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); pagamentos dos honorários num prazo máximo de 30 dias; emissão por parte das operadoras de extratos das consultas e procedimentos em papel e não online, como acontece atualmente; unificação das tabelas de procedimentos (uso da CBHPM); e honorários iguais para pessoa jurídica com características de pequenas empresas e pessoa física.
A reunião contou com a participação de 22 sociedades de especialidade.