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Assistência médica em grandes eventos é debatida no CREMERJ

18/03/2015

A realização de grandes eventos no Rio de Janeiro foi mais uma vez debatida por representantes do CREMERJ, do Grupamento de Socorro e Emergência (GSE) do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária municipal. Na reunião ocorrida nesta terça-feira, 17, o Conselho e os órgãos reafirmaram uma parceria para garantir uma assistência de qualidade à população.

Eventos que reúnam mais de mil pessoas necessitam de uma estrutura com médico e ambulância equipada para atender o público, caso seja preciso. Para organizar e garantir isso, o CREMERJ, o GSE e a Vigilância Sanitária vêm realizando um trabalho em conjunto. Para o presidente do CREMERJ, Pablo Vazquez, há um avanço no município, mas é necessário concentrar ações em outras regiões do Estado.

Além de estender a fiscalização de assistência médica aos grandes eventos no interior, será necessário que haja a possibilidade de interdição quando a estrutura de assistência do evento não tiver as condições mínimas de segurança, disse Vazquez. 
Responsável pelo gerenciamento da parte de eventos no Conselho, o diretor Renato Graça relatou que, desde as atuações conjuntas, o número de irregularidades, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, foi reduzido.

"Essa parceria é muito importante. Fizemos um levantamento e temos visto uma redução no número de irregularidades. Quanto mais fiscalizamos, mais as empresas entendem a necessidade de cumprir as exigências. O CREMERJ analisa minimamente cada notificação que chega. De 1º de outubro de 2012 a 31 de janeiro deste ano, de todas as notificações recebidas, 22 se tornaram sindicâncias", ressaltou.
 

Durante a reunião, os participantes lembraram a importância da parceria citando a edição de 2013 do Rock in Rio. Na ocasião, a parte assistencial apresentava várias irregularidades e, devido à intervenção do CREMERJ, da Vigilância Sanitária, do GSE e do Ministério Público, o setor foi interditado até se ajustar às normas.

"Estamos fazendo um bom trabalho preventivamente. No município, temos conseguido mapear as empresas que prestam esse tipo de serviço. Temos poder para interditar, mas isso é feito com muito cuidado, porque o público do evento não pode ficar desassistido. Nossa competência não abrange todo Estado do Rio de Janeiro, mas se limita apenas à cidade", frisou a gerente de Eventos da Vigilância Sanitária, Claudia Noronha.

O coronel Fernando Suarez também demonstrou preocupação com o número de irregularidades que tem aumentado em outras áreas do Estado. Além disso, ele chamou a atenção para ações simples, como a presença de desfibriladores em estádios aproveitando, inclusive, o gancho das Olimpíadas, e que podem salvar vidas.
"Esse trabalho preventivo é fundamental, por isso agradeço ao CREMERJ e à Vigilância Sanitária pelo apoio. Estamos atuando juntos e isso têm dado certo", avaliou.

No encerramento, ficou decidido que o CREMERJ pedirá uma reunião com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, para saber como vem sendo tratada a questão da segurança da saúde prestada em grandes eventos, principalmente com a proximidade das Olimpíadas 2016.

Os conselheiros Gil Simões, Nelson Nahon, Serafim Borges, Marília de Abreu, Ana Maria Cabral, Marcos Botelho, Luís Fernando Moraes e Armindo Fernando da Costa também participaram do encontro.