Residentes do RJ decidem participar de paralisação nacional
14/09/2015
Médicos residentes do Rio de Janeiro decidiram apoiar o movimento nacional que terá paralisação em todo o Brasil no próximo dia 24. A deliberação ocorreu durante assembleia, nessa quarta-feira, 9, na sede do CREMERJ, que teve a participação de residentes que representaram as suas unidades de saúde. Estiveram presentes médicos de 19 instituições diferentes localizadas no Estado.
Foi decidido também que, ao longo da semana, cada médico divulgará o movimento em sua unidade, explicando as reivindicações para preceptores, chefes de serviço e residentes. Na próxima quarta-feira, 16, haverá uma nova assembleia para definir como ocorrerá a paralisação no Rio de Janeiro.
“É importante lembrar que a paralisação acontecerá a partir das 10h e que o atendimento de urgência e emergência não será suspenso em nenhum momento”, explicou o secretário-geral da Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Amererj), Ricardo Farias Junior.
As principais reivindicações do movimento são: aumento da representação das entidades médicas na composição da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e fim da Câmara Recursal – que atua dentro da CNRM –; fiscalização imediata de todos os programas antes da abertura de novas vagas; plano de carreira e de valorização para os preceptores; plano de carreira nacional para médicos do Sistema Único de Saúde (SUS); fim imediato da carência de dez meses – INSS –; e isonomia da bolsa de residência médica com a bolsa do programa Mais Médicos.
“No dia 26 de agosto, teve uma reunião com a Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC) para entregar nossas reivindicações, entretanto não tivemos nenhuma resposta. No dia seguinte, o movimento foi lançado oficialmente durante VI Fórum Nacional de Ensino Médico, em Brasília”, explicou o diretor da Amererj João Felipe Zanconato, que fez uma apresentação sobre o panorama da residência médica no país.
Outra ação importante é que, até o dia 23 deste mês, os residentes realizarão panfletagem e diálogo com a população para conscientizar a todos sobre a importância do movimento. “Precisamos mobilizar os residentes e devemos intensificar isso nas nossas unidades. É importante que chefes de serviço e preceptores também entendam o nosso objetivo. Não queremos prejudicar, só queremos chamar a atenção para a nossa situação. Além disso, devemos conversar com os pacientes, pois o apoio deles é fundamental”, declarou o presidente da Amererj, Diego Puccini.
Os representantes da Amererj esclareceram ainda que as entidades médicas – CREMERJ, Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ), Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) e Comissão Estadual de Residência Médica do RJ (Ceremerj) – foram informadas sobre a paralisação. “Também entregaremos com antecedência cartas à chefia dos serviços nos hospitais e às Secretarias estadual e municipal do Rio de Janeiro”, concluiu Puccini.