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Segurança nos hospitais é tema de reunião com a PMERJ

19/01/2016


Representantes do CREMERJ e do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ) participaram nessa segunda-feira, 18, de uma reunião com o comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), Edison Duarte dos Santos Júnior. O encontro teve como objetivo discutir a segurança dentro e no entorno das unidades hospitalares, além da permanência de presos sob custódia nos hospitais públicos.

Na ocasião, o CREMERJ fez nova solicitação para que o Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), que estabelece a vigilância de escolas públicas por policiais militares, seja estendido às unidades de saúde, em especial as emergências 24 horas. De acordo com o vice-presidente do Conselho, Nelson Nahon, essa seria uma solução para aumentar a segurança nos hospitais. O comandante Edison Duarte explicou que a implantação do Proeis é viável, no entanto, a sugestão deve ser discutida com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), responsável pelo custeio como é feito com a Secretaria Estadual de Educação. 
 
“O Proeis nos hospitais é uma sugestão antiga do CREMERJ. Achamos que a instalação desse programa deve ser uma preocupação da Secretaria Estadual de Saúde (SES), pois, nesse momento de crise, muitos médicos têm ficado em situação de risco. Nossos colegas trabalham sobre pressão, o que gera insegurança e até doenças”, disse Nahon.

Outro ponto discutido foi o déficit de recursos humanos nas unidades de saúde da Polícia Militar, que atualmente tem um déficit de 396 médicos. O comandante Edison Duarte informou pretende solicitar ao governador Luiz Fernando Pezão a contratação temporária de profissionais de saúde e/ou a realização de concursos públicos ainda para este ano.

O presidente do Sinmed-RJ, Jorge Darze, cobrou um posicionamento sobre o atraso no pagamento dos médicos do programa de Residência Médica do Hospital Central da Polícia Militar (HCPM). O subchefe do Estado-Maior Geral Administrativo, coronel Marcio Basilio, explicou que os pagamentos foram normalizados e que solicitará ao Governo do Estado que os residentes sejam incluídos na folha dos servidores, a fim de evitar novos atrasos.  

O CREMERJ e o Sinmed-RJ também questionaram sobre a internação de presos doentes nos hospitais públicos. As entidades médicas chamaram a atenção para a necessidade de se respeitar a Portaria que determina que, no momento em que supera o risco de morte, o preso deve ser transferido para os hospitais do sistema prisional.

“O elevado número de presos doentes que ocupam os hospitais públicos, em virtude da falta de equipamentos e de investimentos em hospitais penitenciários, aumenta a insegurança dos médicos”, acrescentou Nelson Nahon.

Também participou da reunião o subdiretor geral de Saúde da PMERJ, Albert Ambram.