Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Andaraí fecha Centro de Queimados por falta de médicos

09/08/2017

Mais um serviço referência de atendimento foi fechado em um dos hospitais federais do Rio. Desta vez, a falta de médicos e o descaso do governo federal resultaram no fechamento do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Federal do Andaraí, serviço tradicional do Estado. Inaugurado em 1976, o setor é credenciado como de alta complexidade e referência de atendimento, atuando como exemplo de padrão técnico para todo o país.

A situação vem sendo denunciada exaustivamente desde fevereiro deste ano e na última segunda-feira, 7,  o chefe do setor, Roberto Pontes, comunicou ao CREMERJ a suspensão de atendimentos e as internações de novos pacientes. O funcionamento do serviço se tornou inviável devido à falta de médicos plantonistas, por conta da não renovação de contratos temporários, além de aposentadorias.

Na carta enviada ao CREMERJ, Roberto Pontes lamenta o fechamento. “A experiência adquirida ao longo de mais de 40 anos confere resultados clínicos e cirúrgicos que dificilmente se reproduzirão em outro serviço com o mesmo perfil. Os mais prejudicados serão os usuários do SUS.”

Além dos pacientes que ficarão desassistidos, o serviço conta com médicos estagiários e residentes de cirurgia e enfermagem, que terão sua formação comprometida. Para completar os plantões e a rotina do serviço, que atendia com 14 leitos, são necessários mais sete médicos para os plantões e outros dois de rotina.

“Nos últimos meses, fomos pessoalmente até o ministro da Saúde, Ricardo Barros, duas vezes. Relatamos essa e outras situações e, infelizmente, não nos foi apresentada nenhuma solução. Estamos presenciando, com indignação e revolta, o fim de serviços essenciais e tradicionais e o verdadeiro desmonte dos hospitais federais do Rio de Janeiro”, afirma Nelson Nahon, presidente do CREMERJ.

O Conselho anexará documentos sobre o fechamento do CTQ do Andaraí à representação do CRM contra o ministro da Saúde, Ricardo Barros e levará o caso ao Ministério Público.