Tuberculose: 14 mil novos casos por ano
10/11/2017
A grande incidência de casos de tuberculose no Rio de Janeiro foi tema de reunião nessa quinta-feira, 9, no CREMERJ. O presidente do CRM, Nelson Nahon, e o conselheiro e responsável pela Câmara Técnica de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Conselho, Alexandre Pinto Cardoso, receberam a gerente do Programa Estadual de Tuberculose, Ana Alice Bevilaqua, e o assessor Geraldo Warth.
De acordo com Ana Alice, o Rio de Janeiro ocupa a 2ª posição na classificação de incidência da doença no país. Por ano, são registrados 14 mil novos casos, levando, em média, a morte de 900 pessoas anualmente. A falta de estrutura habitacional, em especial nas favelas, estariam entre os fatores do alto índice de tuberculose no Estado.
Além do ambiente favorável para a proliferação da doença, Ana Alice destacou que a demora no diagnóstico e no início do tratamento agravam ainda mais a situação. A especialista explicou que grande parte dos pacientes demora a saber que está com a doença devido a falhas no sistema de saúde.
Já o responsável pela câmara técnica salientou que a tuberculose é uma doença de urgência, por isso deve receber bastante atenção dos municípios e do Estado. Ele informou que um relatório com sugestões de ações está sendo produzido pelo Grupo de Trabalho sobre Tuberculose do Conselho e que, posteriormente, será encaminhado às autoridades. Alexandre Pinto Cardoso adiantou alguns pontos levantados pelo grupo.
“A rede pública precisa se preocupar com a busca dos pacientes sintomáticos respiratórios, disponibilizando exames de escarros, além de se preparar para processar esse material e depois oferecer o tratamento. Não há incógnita no diagnóstico da tuberculose. Existe problema de gestão”, destacou.
Durante a reunião, foi acertado que o CREMERJ auxiliará a nas campanhas de conscientização sobre a doença.
“É importante a realização de campanhas para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado e, assim, tentar reduzir o número de casos da doença. A tuberculose é uma das doenças mais antigas do mundo e seu tratamento já está estabelecido. Temos que focar em ações que possam auxiliar a reduzir os índices no Rio de Janeiro”, destacou o presidente do CREMERJ, Nelson Nahon.