Médicos do Hospital Estadual da Mãe estão com atraso salarial
03/04/2018
Atrasos salariais, precárias condições de trabalho e o não pagamento dos décimos terceiros salários, referentes aos anos de 2016 e 2017, foram as reivindicações dos médicos do Hospital Estadual da Mãe, localizado em Mesquita, durante assembleia realizada na última segunda-feira, 2 de abril, na sede do CREMERJ. O presidente do CRM, Nelson Nahon; o corregedor do Conselho, Marcos Botelho; o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Jorge Darze; e representantes do corpo clínico do hospital compareceram ao encontro.
A unidade de saúde era administrada pela Organização Social (OS) Hospital Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), que teve contrato rescindido com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) na segunda-feira (2). Segundo representantes do corpo clínico do hospital, o local sofre há dois anos com condições insalubres de trabalho e déficit de equipamentos para tratamentos e cirurgias.
O presidente do CRM ressaltou os problemas financeiros enfrentados pelo Estado e recordou a fiscalização feita pelo Conselho ao Hospital da Mãe, que gerou um grande trabalho sobre a sífilis congênita no Rio de Janeiro.
“É importante que a SES garanta os direitos trabalhistas e as condições de trabalho dos funcionários. O CREMERJ se coloca a disposição em mais essa luta”, afirmou Nelson Nahon.
“Nós produzimos um documento com todas as nossas reivindicações. O que nos foi informado, até o momento, é que a administração da HTMJ foi retirada e haveria uma reunião para definir qual OS vai assumir o hospital. Não temos demissão na carteira de trabalho, mas sabemos que não somos mais funcionários da HTMJ, apesar de continuarmos trabalhando”, desabafou uma das médicas do Hospital da Mãe.
Ao final do encontro, o CREMERJ, em conjunto com a Fenam, decidiu que vai solicitar um encontro com o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Júnior, e com a futura OS que irá assumir a gestão das unidades, para tentar resolver as questões pendentes.