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Conselheiro fala ao Bom Dia Rio sobre agressões a médicos

13/03/2019

O diretor do CREMERJ Ricardo Farias afirmou que 70% dos médicos agredidos no Rio de Janeiro trabalham em hospitais públicos, e a maioria é mulher, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, nesta quarta-feira, 13. O conselheiro foi ouvido sobre um vídeo que exibe uma médica da UPA do Complexo do Alemão sendo agredida por uma mulher, durante seu plantão noturno. Ela é empurrada violentamente e cai no chão. Em seguida, um policial militar imobiliza imediatamente a agressora.


“Infelizmente, isso tem acontecido cotidianamente. Em dezembro, criamos um canal de notificações no site do Conselho para receber denúncias sobre agressões a médicos no exercício da profissão. Até o momento, 70% são contra mulheres, especialmente no serviço público. A equipe de enfermagem também fica muito exposta. Quem está as portas das emergências, nas UPAs e nas Clínicas da Família e atende pela primeira vez o paciente acaba tendo maior contato e exposição”, afirmou Farias.


O representante do CREMERJ cobrou que os seguranças de unidades municipais passem a proteger os médicos, intervindo para evitar agressões, e não zelem apenas pelo patrimônio, como ocorre hoje. “A segurança das unidades que não têm a Polícia Militar é simplesmente patrimonial. Se tiver um caso de agressão ou desavença, o segurança não faz literalmente nada. Então temos de rever esse protocolo”, afirmou.


Farias sugeriu que médicos agredidos registrem ocorrência na Polícia Civil. Nesta segunda-feira, o CREMERJ publicou nota de repúdio a outro ataque, a duas médicas, ocorrido sábado (9) no Hospital Universitário Pedro Ernesto. A mãe de uma paciente deu dois socos no rosto de uma das profissionais e ameaçou as duas de morte.