Simpósio discute reforma psiquiátrica
03/06/2019
O conselheiro do CREMERJ Guilherme Toledo participou do I Simpósio: A estratégia da desinstitucionalização no SUS – Rede, sociedade e loucura, promovido nesta quinta-feira, 30, pelo Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira.
Reuniram-se na mesa de abertura, junto a Guilherme Toledo, o supervisor regional da Colônia Juliano Moreira, Vicente Ferreira; a superintendente de saúde mental do Estado do Rio de Janeiro, Karen Athie; o superintendente de saúde mental da Secretaria Municipal de Saúde, Hugo Fagundes; e o diretor do Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira, Alexander Ramalho.
Este último abriu o evento e resumiu o principal objetivo do encontro. “Este simpósio tem o propósito de fazer uma discussão ampla em relação à reforma psiquiátrica brasileira, hoje tão ameaçada, visto as possibilidades e retrocessos que vêm ocorrendo nas várias esferas do governo. Durante a produção deste encontro, pensamos na possibilidade de um debate profundo com a participação dos usuários, familiares e gestores. Por isso, as mesas estão organizadas com a presença do usuário, tanto na moderação quanto na fala. Também abordar as conquistas, pois não podemos esquecer o que já fizemos dentro do estado democrático de direito”, disse.
Em sua fala, o conselheiro do CREMERJ posicionou-se a favor da preservação da reforma psiquiátrica. Entre os novos pontos destacados como importantes pelo conselheiro estão a preservação do hospital psiquiátrico como local de tratamento (com curta permanência), a criação de emergências psiquiatria dentro dos hospitais clínicos e a manutenção dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Ele também demonstrou apoio à manutenção do trabalho religioso nas unidades e das comunidades terapêuticas, mas com novo perfil de equipes multidisciplinares. Defendeu também as internações compulsórias e involuntárias aos dependentes químicos em caráter de urgência para desintoxicação nos casos mais graves.
“O Conselho passa por mudanças significativas com a nova diretoria empossada no fim do ano passado. Temos a intenção de apostar na qualidade do trabalho médico, melhoria das condições e uma participação mais ativa na questão da saúde do estado do Rio de Janeiro. E a reforma psiquiátrica está entre nossos temas de debate”, concluiu o conselheiro Guilherme Toledo.