Alerj dá início às ações do Outubro Rosa em solenidade
02/10/2019
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) promoveu nessa segunda-feira, 30, a solenidade de abertura da "Programação Outubro Rosa - Na luta contra o câncer de mama", no auditório Nelson Carneiro. O encontro deu início às ações que acontecerão durante todo mês.
A mesa de abertura foi composta pela deputada estadual e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, Enfermeira Rejane; pela vice-presidente do CREMERJ Célia Regina da Silva; pela presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ), Ana Teles; pelo secretário estadual de Saúde, Edmar Santos; e pelo representante da Sociedade Brasileira de Mastologia regional Rio de Janeiro Aleksander Miyahira.
Enfermeira Rejane deu boas-vindas e abriu a solenidade:
"O mês de outubro é emblemático para que chamemos a atenção da sociedade sobre o tema. Mas, a gente sabe que para evitar o câncer é preciso muito mais do que eventos que chamem atenção para a importância do autoexame. É necessário ter mamógrafos e uma rede de Saúde que efetivamente dê conta dos problemas que nós passamos", afirma a deputada.
Em sua fala, a vice-presidente do CREMERJ parabenizou a programação, que vai oferecer ações e reflexões sobre o câncer de mama.
"Atuo no atendimento na Maternidade Escola da UFRJ e o que eu percebo é que as pacientes não conseguem ter o acompanhamento ideal, por conta da deficiência na Atenção Primária. Quando existe uma equipe multidisciplinar trabalhando com os médicos, a mulher fica mais informada e passa a exigir o que lhe é de direito. A informação é uma grande aliada na luta contra o câncer de mama", destaca Célia Regina.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), foram estimados 59.700 novos casos de câncer de mama para o ano de 2018. O mastologista e representante da Sociedade Brasileira de Mastologia - RRJ Aleksandr Miyahira destacou as dificuldades de acesso ao tratamento na rede pública.
"O que está faltando na medicina é humanização, pois hoje é cobrada a massificação do atendimento. Estamos vendo a destruição da nossa Saúde, com o sucateamento da rede. Além disso, há grande dificuldade de acesso ao Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) e a Lei nº 12.732/12 - que garante o início do tratamento em 60 dias, a partir do diagnóstico - não é respeitada. Apenas 15% das pacientes do Estado do Rio de Janeiro têm o tratamento iniciado nesse prazo", ressaltou.
Edmar Santos esclareceu que está trabalhando em conjunto com os municípios para fortalecer a Atenção Primária, e garantir que as mulheres tenham acesso ao diagnóstico precoce em toda a rede.
"A Secretária de Estado de Saúde está apoiando o evento, levando o caminhão de mamografia para a Praia de Copacabana, no dia 6 de outubro. Atualmente, estes exames não são o principal gargalo do Estado, pois a secretaria está financiando o exame junto aos municípios", declara Edmar.
Também participaram da mesa de abertura a representante da União Brasileira de Mulheres Dulcinéia Quintela, a representante da Secretaria de Desenvolvimento Social Patrícia Xavier e a representante da Frente Estadual de Combate ao Câncer de Mama Genir Vicente.