CREMERJ condena assalto em hospital do Rio
17/12/2009
As imagens da ação de bandidos em áreas de acesso restrito do Hospital Italiano, gravadas pela câmera do circuito interno, mostram como médicos e pacientes estão expostos à insegurança em unidades públicas e até particulares. Invadir o centro cirúrgico durante um procedimento é um ato lamentável e desumano. Qual o limite da ousadia dos bandidos do Rio de Janeiro? A banalização da violência fez com que os médicos, antes profissionais respeitados, virassem reféns em potencial. Não faltam relatos de sequestros de profissionais e de ambulâncias, de invasões a hospitais para execução de rivais ou de resgates de pacientes custodiados. É fundamental que a polícia ofereça segurança às unidades de saúde e descubra o que motivou esta tentativa de roubo tão específica de um aparelho de uso médico. Desta forma, será possível identificar os receptadores deste tipo de material e evitar novas invasões de criminosos nas unidades.
Luís Fernando Moraes, presidente do CREMERJ
CFM e CREMERJ repudiam ação de criminosos em hospital do Rio de Janeiro
O Conselho Federal de Medicina (CFM) e o CREMERJ vêm a público manifestar seu veemente repúdio aos atos de violência ocorridos no Hospital Italiano, no Grajaú, bairro da capital carioca, no último dia 10 de dezembro e que foram noticiados na quarta-feira (16).
Os fatos e imagens divulgados pelos jornais e pela televisão, em rede nacional, deixaram as lideranças médicas transtornadas e preocupadas com o quadro existente. A invasão do centro cirúrgico do Hospital Italiano numa ação ousada de cinco criminosos – colocando em risco a vida de pacientes e de profissionais da saúde no exercício de sua função por conta de motivo torpe (roubo de equipamentos) - não pode passar desapercebida pelas autoridades competentes, que devem agir rápido e de forma enérgica para evitar que fatos deste tipo voltem a ocorrer.
Mais do que a investigação dos fatos, cobramos o reforço das medidas de segurança nas áreas onde funcionam estabelecimentos de saúde (públicos e privados) para que médicos e outros profissionais possam prestar a assistência adequada e a população possa contar com serviços de qualidade, o que inclui a garantia de vida e de bem estar enquanto em processo de atendimento. Da mesma forma, devem ser atacados os condicionantes sociais que contribuem para a escalada da criminalidade.
Assim, cabe ao Estado, por meio de seus representantes, tomar as providências urgentes e necessárias para que a violência não interfira na missão de salvar vidas, garantindo à sociedade o acesso pleno à assistência, independentemente de localidade, horário ou condição social da população assistida.
A manifestação do CFM e do CREMERJ já foi encaminhada ao Ministro da Justiça, Tarso Genro, ao secretário Estadual de Segurança Pública, José Maria Beltrame, ao comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Mário Sérgio Duarte, e ao chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Alan Turnowski. Esperamos que o pedido realizado seja materializado em ações concretas.
Atenciosamente,
Roberto Luiz d’Avila – presidente do CFM
Luís Fernando Soares Moraes - presidente do CREMERJ