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Covid-19 é tema de reunião com gestores e coletiva de imprensa

17/03/2020

O CREMERJ realizou, nessa segunda-feira, 16, um encontro entre diretores de hospitais das redes, tanto pública quanto privada, junto aos representantes dos governos municipal e federal para falarem sobre as providências que serão tomadas quanto ao coronavirus. Na ocasião, as autoridades apresentaram seus planos aos médicos.

O presidente do CREMERJ, Sylvio Provenzano, dividiu a mesa com os representantes do Ministério da Saúde Marcelo Lamberti e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Mário Celso Lima. Além do conselheiro federal Raphael Câmara e os diretores do Conselho Célia Regina Silva e Flavio Sá.

Antes dos gestores anunciarem suas estratégias, Provenzano falou sobre uma das preocupações do Conselho.

“Vamos reforçar com as autoridades a importância dos médicos estarem protegidos, pois faltam materiais básicos como luvas e máscaras. E, caso o colega se sinta vulnerável ou desprotegido com alguma situação, ele pode e deve entrar em contato conosco imediatamente”, disse.

Começando pelo planejamento estratégico da esfera federal, Lamberti anunciou que o Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) terá o bloco 1 esvaziado e dedicado às eventuais vítimas. Isso se faz necessário para conter infecções ou transmissões cruzadas. Serão aproximadamente 220 leitos destinados a esses casos, sem interrupção nos atendimentos oncológicos e cardiovasculares e, havendo necessidade, os casos cirúrgicos poderão ser transferidos a outras unidades.

Quanto ao déficit de recursos humanos, Lamberti explicou que há um processo para que sejam recompostos os contratos temporários da União. Esse certame já está em lançamento para quatro mil vagas. Além disso, foram cedidos 3.986 funcionários públicos da rede federal para as prefeituras e para o Governo do Estado. Também foi convocado o retorno de 3.996 servidores federais, sendo 630 médicos.

Há ainda um decreto de chamamento público do Programa Médicos pelo Brasil, que pretende reunir aproximadamente cinco mil vagas.

Outro decreto governamental estabelece que as visitas às enfermarias de hospitais devem ser restritas. Somente uma pessoa e um paciente serão permitidos, e em dias alternados com horário ampliado.

Já na esfera municipal, com 30 casos confirmados e mais de cem suspeitos, a SMS também decidiu concentrar seus atendimentos em uma única unidade. O Hospital Municipal Ronaldo Gazolla fornecerá 260 leitos, podendo ser ampliado. A aquisição de equipamentos é outra medida tomada pela secretaria. Também foram suspensas as férias de equipes e funcionários, além do cancelamento de cirurgias eletivas. Somente pacientes que já estão nos hospitais serão operados para que leitos fiquem liberados.

Com relação aos procedimentos eletivos, Lima fez um apelo ao bom senso das pessoas. Ele pediu que, na rede privada, se adie o que for possível.

“As medidas restritivas são muito importantes, pois os profissionais de saúde não podem parar e qualquer cirurgia eletiva, neste momento, deve ser adiada. Os países que não tomaram medidas radicais no início da epidemia foram surpreendidos por picos exponenciais e quase colapsaram seus sistemas”, declarou.

Quando questionado sobre o número insuficiente de médicos para atender uma demanda maior, o representante da SMS esclareceu que, além da ampliação de hospitais, também haverá contratação de recursos humanos.

Após a reunião, Provenzano e Lamberti concederam uma entrevista coletiva à imprensa para pontuar os assuntos tratados no encontro.