CFM promove reunião com Conselho Regionais no Rio
29/01/2010
Representantes de outras regionais estavam presentes na reunião itinerante da nova diretoria do Conselho Federal de Medicina.
Nesta quinta-feira, dia 28 de janeiro, representantes dos Conselhos Regionais de Medicina de todo o país participaram da 1ª Reunião com os CRMs, promovida pelo Conselho Federal de Medicina. Desde que assumiu a presidência do CFM, Roberto D’Ávila, tem buscado impor uma dinâmica de maior proximidade com os conselhos por meio de reuniões e visitas periódicas. O presidente do Cremerj, Luís Fernando Moraes, abriu a reunião agradecendo a presença dos colegas e elogiando a iniciativa da nova diretoria. Já Roberto D’Ávila encorajou os representantes dos CRMs a fazer mudanças que não dependam de legislação ou de licitação. “Há mudanças que dependem de nós. São mudanças de atitude e até mesmo conceituais, que valem a pena”, afirmou.
O 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda, destacou a importância de se reativar o movimento da Saúde Suplementar. “A nossa luta é por reajuste de honorários. Recentemente, fomos chamados para uma reunião com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, porque há uma proposta para montar um grupo de discussão que junte operadoras e médicos, sob a supervisão da própria ANS”, comentou.
O presidente do CFM prevê “um tsunami nesta questão de saúde suplementar”, já que os médicos estão se mobilizando por uma melhor remuneração. “É o caso dos pediatras do Distrito Federal que já conseguiram que alguns planos paguem melhor a consultas”, afirmou. Luís Fernando Moraes, presidente do Cremerj, comentou uma vitória do movimento no Rio de Janeiro. “Mostramos as nossas reivindicações aos funcionários da Petrobrás e conseguimos que o plano de saúde da empresa aumentasse para R$ 80 a consulta, quebrando a lógica da UNIDAS, que representa mais de 20 empresas e não negocia com os médicos”, informou.
O assunto polêmico da reunião foi a implantação das fundações públicas de direito privado. O secretário-geral Henrique Silva classificou a situação como vexatória. “Entendemos que é uma privatização e há casos de terceirização da terceirização”, afirmou. A abertura indiscriminada de faculdades de Medicina também estava em pauta. João Batista Gomes Soares, que representava o CRM-MG, informou que foi aberto recentemente um novo curso, totalizando 28 faculdades de Medicina no estado. Quase o mesmo número de São Paulo. “A faculdade nem tinha autorização do MEC e o juiz desautorizou uma ação impetrada por nós. Sempre procuram mecanismos para burlar nossa vigilância”, completou.