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CRM se reúne com autoridades para avaliar situação da Covid

12/03/2021

A situação da Covid-19 no estado do Rio de Janeiro foi debatida nesta sexta-feira, 12, em reunião promovida pelo CREMERJ, em sua sede. Durante o encontro, participaram – virtualmente pela plataforma Zoom – secretários municipais de Saúde, representantes de Delegacias do Conselho e membros da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES RJ). Na abertura, o presidente do CREMERJ, Walter Palis, explicou que o objetivo da reunião era entender o panorama do avanço da Covid-19 nas cidades e perceber as principais necessidades para que medidas preventivas pudessem ser tomadas.

“Queremos entender se há demandas dos municípios e como está realmente a situação do nosso estado. Sabemos que houve uma alta no número de casos e precisamos nos antecipar para que nossa rede não sofra nenhum tipo de colapso. Entendemos que este é um momento crucial, decisivo para essa tomada de decisão, a fim de proteger a nossa população, os nossos médicos e os demais trabalhadores da saúde”, destacou Palis.

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Alberto Chaves, relatou que todos os posicionamentos da pasta estão baseados na técnica e serão divulgados com total transparência. Ele garantiu que, neste momento, não há risco de um colapso da rede estadual de saúde, mas admitiu que houve, sim, um aumento no número de casos de pessoas infectadas por Covid-19 nas últimas semanas, com reflexo na ocupação de leitos.

“Estamos trabalhando por uma regulação única. Não vamos investir em hospitais de campanha, mas na criação de leitos com dignidade. Vamos, por exemplo, inaugurar o hospital modular Ricardo Cruz, em Nova Iguaçu, nos próximos dias”, disse ele.

Luciane Velasque, da Subsecretaria Covid-19/SES-RJ, apresentou o Mapa de Risco da Covid-19 do Estado do Rio de Janeiro, com dados referentes ao período de 21 de fevereiro a 10 de março. De acordo com a apresentação, principalmente, na última semana, teve um aumento rápido no número de casos.

Nas UPAs estaduais, por exemplo, os atendimentos de casos suspeitos da Covid-19 subiram 30%. Em relação às taxas de ocupação de leitos, os de enfermaria estão em 52,3%, com tempo mediano de 2 horas de espera; e os de UTI, 73,4% – uma média de 3 horas aguardando por uma vaga. Também na última semana, o estado saiu da classificação "Baixo" e, atualmente, está no "Moderado". Por conta das mudanças, recomendações de restrições no Rio de Janeiro estão sendo debatidas tecnicamente e estão sendo apresentadas ao governador em exercício Cláudio Castro.

A diretora do CREMERJ Beatriz Costa questionou a respeito da necessidade de vacinação contra a Covid-19 para todos os médicos. O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, Mário Sérgio Ribeiro, explicou que tanto os médicos quanto os demais trabalhadores da saúde estão na lista de prioridades, recomendada pelo calendário nacional.

“Esbarramos na quantidade limitada de doses que recebemos. O estado do Rio de Janeiro debate, inclusive, a compra direta no mercado internacional, mas há uma enorme procura o que dificulta bastante esta opção. De todo modo, estamos recebendo vacinas pelo Ministério da Saúde. Nossa meta é vacinar pessoas a partir de 18 anos no nosso estado até o final do ano”, explicou.

No encontro, ficou definida a realização de reuniões periódicas para acompanhar a evolução dos casos. “Estamos à disposição em qualquer momento para auxiliar no que for possível. É tempo de união para que se tenha mais êxito diante deste período difícil que todos nós enfrentamos”, concluiu o presidente do CREMERJ.