Campanhas Novembro Azul e Novembro Roxo fazem alertas
12/11/2021
Duas campanhas importantes marcam este mês e o CREMERJ não poderia deixar de lembrá-las. São elas: o Novembro Azul, que chama a atenção para a luta contra o câncer de próstata, e o Novembro Roxo, que alerta para o risco da prematuridade.
Mundialmente conhecido Movember, junção das palavras em inglês Moustache (bigode) e November (novembro), o Novembro Azul começou na Austrália em 2003. O mês foi escolhido porque abriga, no dia 17, o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.
O movimento chegou ao Brasil em 2008, por iniciativa do Instituto Lado a Lado pela Vida, que chamou a campanha de Novembro Azul, com o objetivo de promover a saúde do homem, incentivando-o a se consultar com um médico e, quando necessário, realizar o exame de toque. Atualmente, a data reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), este é o tipo de câncer mais comum entre a população masculina, representando 29% dos diagnósticos da doença no país. Dados do Inca apontam para 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano, entre 2020 e 2022. Homens com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade, estão mais propensos à doença.
Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa, por isso o diagnóstico precoce possibilita melhores resultados no tratamento.
Já o Dia Mundial da Prematuridade também é comemorado em 17 de novembro. A data motivou a criação do Novembro Roxo para atrair o foco para a causa. A cor foi escolhida por conta de dois significados importantes: a sensibilidade e a transformação. O objetivo da campanha é chamar a atenção para a necessidade de reduzir a incidência de casos e diminuir os danos à saúde dos bebês, ocasionados em razão do parto antecipado.
Qualquer nascimento que aconteça depois de 20 semanas de gestação e antes de 37 semanas completas é considerado prematuro. Quanto menor a idade gestacional, mais grave e complexo é o tratamento do recém-nascido na UTI neonatal, que exige, muitas vezes, uma estrutura que não é simples de ser encontrada, principalmente na rede pública.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2019, a prematuridade foi a principal causa de mortalidade infantil em todo o mundo. Já dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Ministério da Saúde mostram que, no Brasil, 11,7% de todos os partos ocorrem antes do tempo. Também em 2019, foram registrados cerca de 300 mil nascimentos prematuros no país. No mesmo ano, o Brasil ocupava a 10ª posição no ranking mundial da prematuridade.