Sífilis congênita é debatida no CREMERJ
21/10/2022
O CREMERJ promoveu um evento híbrido para debater o que falta para a eliminação da sífilis congênita no Brasil. O encontro foi realizado na quarta-feira, dia 19, na sede do Conselho, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, com transmissão pela internet.
A mesa de abertura foi composta pelo vice-corregedor do CREMERJ, Luiz Zamagna, pelo responsável pela Câmara Técnica (CT) de Doenças Infecciosas e Parasitárias e de Controle de Infecção Hospitalar, conselheiro Cesar Figueiredo Veiga, e pelo coordenador da CT, Celso Ramos Filho, que exerceu a função de moderador na ocasião. Durante as boas-vindas, os integrantes da mesa foram unânimes em concordar sobre a urgência do tema.
Após esse momento, foi iniciada a palestra da noite, ministrada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (Regional RJ), Mauro Romero Leal Passos. Ele começou a aula destacando que é possível eliminar a sífilis congênita e que o primeiro passo para resolver o problema é reconhecê-lo. Ao longo da exposição, foram apresentados o histórico da doença no mundo, o panorama dos dias atuais, as taxas de detecção, o número de mortes e os obstáculos a serem vencidos.
No encerramento, Mauro apresentou uma carta destinada à sociedade brasileira. "Lançamos um desafio: reconhecer, trabalhar e reverter os absurdos números de casos de sífilis congênita e de óbitos fetais e não fetais no país. Essas ocorrências representam um atestado de má qualidade de pré-natal. Tal negligência não cansa de nos envergonhar. Ao mesmo tempo, é uma vergonha que não cansamos de negligenciar", afirmou o médico em tom de protesto, pedindo mobilização e maior atenção às medidas que podem evitar a transmissão.
Após a aula, os participantes tiveram a oportunidade de fazer perguntas e discutir a pauta. A íntegra do evento encontra-se disponível no canal do CREMERJ, no Youtube. Clique aqui para assistir.