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Ex-vereador Gabriel Monteiro publica retratação a médicos

28/02/2023

O ex-vereador Gabriel Monteiro se retratou publicamente em suas redes sociais em favor de dois médicos por ter proferido “diversas frases atentatórias contra a honra” dos profissionais, conforme diz o próprio texto publicado em seu perfil do Instagram, no dia 19 de fevereiro. Os casos fazem referência aos médicos Felipe Brito e Emilia Van Tilberg, que foram coagidos pelo ex-vereador enquanto trabalhavam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo do Alemão, em dias distintos – o primeiro em 12 de janeiro de 2022 e o segundo em 20 de junho de 2022.

Além disso, em relação ao médico Felipe Brito, o ex-vereador foi condenado ao pagamento de R$ 40 mil ao profissional, por tê-lo filmado durante seu período de descanso, conforme decisão da juíza Babu Capanema Tancredo. A informação foi divulgada nesse domingo, 26 de fevereiro, na coluna Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

O CREMERJ foi pioneiro em coibir esse tipo de conduta. Em abril de 2021, o Conselho se posicionou na imprensa e tomou medidas judiciais contra o ex-vereador, após ele proferir palavras agressivas contra uma médica que estava em seu ambiente de trabalho, chegando a “dar voz de prisão” para ela. Na época, o CREMERJ entrou com uma representação no Ministério Público do Rio de Janeiro contra o ex-vereador por abuso de autoridade.

Já em abril de 2022, a ação civil pública do CREMERJ, que pediu, entre outros aspectos, que Gabriel Monteiro realizasse fiscalizações dentro dos limites legais, obteve resposta favorável. No período, a Justiça Federal determinou, além de outras questões, que o ex-vereador fizesse vistorias “desarmado e acompanhado de apenas um assessor”. Para ler esta matéria completa, clique aqui.

O CREMERJ também convidou todos os médicos que sofreram algum tipo de coação por parte do ex-vereador e recebeu grande parte deles para ouvir suas demandas, o que deu embasamento às ações da entidade. Em um dos casos, a médica Kerly Abraão Badaró, que foi ofendida por Gabriel Monteiro, quando teve seu consultório particular invadido, chegou a participar de uma sessão solene de desagravo público, promovida pelo Conselho.